google nalitique HCM: Saiba Por Que 64 Médicos Grevistas Somam Faltas Diariamente

HCM: Saiba Por Que 64 Médicos Grevistas Somam Faltas Diariamente

Hospital Central de Maputo Enfrenta Desafios com Greve de Médicos

No Hospital Central de Maputo (HCM), a rotina tem sido marcada por uma greve de médicos que já dura alguns dias. Atualmente, cerca de 300 médicos de diferentes categorias aderiram à paralisação, que teve início com um período previsto de 21 dias, podendo ser prorrogado.

De acordo com o Diretor Clínico do HCM, António Luís De Assis, as ausências estão afetando principalmente os médicos em formação de especialidade, conhecidos como residentes, além de alguns especialistas mais jovens. No entanto, ele ressalta que os serviços de urgência e enfermarias estão sendo mantidos, graças ao empenho dos cerca de 300 médicos especialistas mais experientes que continuam atendendo.


As faltas diárias dos médicos grevistas têm sido registradas e tratadas de forma administrativa. Segundo De Assis, qualquer ausência não justificada é considerada falta, e essas ocorrências têm se mantido em torno de 64 casos por dia. O hospital está buscando lidar com essa situação complicada através do reforço de médicos de outros setores, destacando-se cinco profissionais do departamento psiquiátrico que foram realocados. Além disso, alguns médicos estão cumprindo mais horas de trabalho do que o habitual, numa tentativa de manter o atendimento em meio à greve.


Entretanto, essa alternativa de aumentar a carga horária dos médicos pode acarretar consequências graves a longo prazo, levando à exaustão desses profissionais. Gestores e profissionais do HCM alertam para o risco dessa sobrecarga comprometer a qualidade do atendimento e a saúde dos médicos envolvidos.


O cenário da greve preocupa as autoridades e a população em geral. O Governo já se posicionou, afirmando que haverá punição aos grevistas por não garantirem os serviços mínimos. Até o momento, nenhum médico grevista está assegurando os atendimentos mínimos estipulados durante a paralisação.


Diante desse quadro delicado, o Diretor Clínico do HCM faz um apelo aos médicos grevistas para que retornem ao trabalho, baseando-se no juramento feito por eles de salvar vidas acima de qualquer valor. Embora reconheçam as preocupações apresentadas nos cadernos de reclamações, a ênfase é na importância de colocar o bem-estar dos pacientes em primeiro lugar.


A situação permanece em aberto, e a greve dos médicos pode ter implicações significativas tanto para o hospital quanto para a saúde pública. As negociações entre as partes envolvidas continuam, na busca por uma solução que atenda aos interesses dos médicos e da população que depende dos serviços prestados pelo HCM.

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